Gênero anatômico feminino
Na união homoafetiva feminina, já estão contemplados os aspectos anatômicos femininos da reprodução (óvulo e útero).
Uma primeira decisão é: qual das parceiras será a recipiente da gravidez? Será estudada a cavidade uterina, e avaliado seu potencial, por meio da histerossalpingografia e ultrassonografia.
A segunda: os óvulos virão de qual das duas parceiras? Aqui, os exames hormonais e ultrassonografias podrão ajudar na definição da parceira que tenha maior probabiidade de bons resultados no estímulo.
A terceira: escolha do gameta masculino para fertilização dos oócitos (óvulos), o que pode ser feito por meio do banco de sêmen. Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa, exceto na doação de gametas para parentesco de até 4º (quarto) grau, de um dos receptores (primeiro grau - pais/filhos; segundo grau - avós/irmãos; terceiro grau - tios/sobrinhos; quarto grau - primos), desde que não incorra em consanguinidade.
Os critérios técnicos de escolha objetivam maximizar as probabilidades de gravidez do casal. No entanto, a decisão final sobre quem doa oócitos e quem recebe o embrião é sempre do próprio casal.
De modo sintético, se as tubas forem normais, pode ser realizada a inseminação intrauterina. Se houver algum problema tubário, então será realizada a fertilização in vitro. Se as duas parceiras tiverem baixa reserva ovariana, então podem ser utilizados óvulos de doadora, que pode ser anônima ou ser parente de uma das parceiras, até o quarto grau.