Diagnóstico masculino


A história clínica do paciente fornece indícios diagnósticos. Quanto maior a idade paterna, maiores são as chances de ocorrerem alterações na produção e na qualidade dos espermatozoides, levando a dificuldades para obter a gravidez. Hábitos pouco saudáveis afetam negativamente a produção de espermatozoides, tais como: tabagismo, o uso de drogas recreativas (maconha, cocaína), o uso de anabolizantes (testosterona), exercícios físicos em excesso, obesidade, exposição a produtos tóxicos e à poluição, estresse e má nutrição. Evidentemente, havendo alterações maiores na saúde, devem ser diagnosticadas e tratadas antes dos processos de reprodução.

Ao lado da história clínica, o exame físico geral pode mostrar alteração nas características de masculinização, apontando para deficiências hormonais várias, que podem levar até a azoospermia não obstrutiva. O exame  da bolsa testicular pode evidenciar assimetria testicular, presença de varicocele, ausência dos canais deferentes (levando à azoospermia obstrutiva) , entre outras alterações.
O espermograma, é o principal exame subsidiário para diagnóstico da infertilidade masculina. A colheita é feita por masturbação, após abstinência sexual de 2 a 7 dias. Os valores considerados dentro dos limites do normal são:volume: maior ou igual a 1,4 mLconcentração de espermatozóides: maior ou igual a 16 milhões por mLmotilidade dos espermatozóides: 30% ou mais deles com movimento e deslocamento (motilidade progressiva)morfologia dos espematozoides: 4% ou mais deles com morfologia normal.
Outros exames são realizados apenas quando necessário: exames genéticos (cariótipo, microdeleção do cromossomo Y) e exames funcionais do espermatozoides (teste de integridade do acrossomo, teste de fragmentação do DNA espermático, teste de atividade das mitocôndrias).