Resultados da Estimulação Ovariana

EFEITOS COLATERAIS DA MEDICAÇÃO UTILIZADA

Como toda a medicação, podem ocorrer efeitos colaterais do uso destes hormônios, dependendo da sensibilidade de cada paciente. Os principais efeitos colaterais são: aumento de peso, febre, dores nas juntas, reações no local da injeção (inchaço, vermelhidão e coceira), dor de cabeça, dor abdominal e pélvica, náuseas e vômitos, alteração do ritmo intestinal (diarréia ou prisão de ventre), aumento da sensibilidade das mamas (especialmente dos mamilos) e corrimento vaginal. Outros efeitos podem ocorrer, especialmente relacionados a doenças pré-existentes. Complicações graves e, felizmente, muito raras, são a tromboembolia (obstrução dos vasos sanguineos por coágulos) e a hiperestimulação ovariana (grande aumento dos ovários com acúmulo de líquido no abdomen e tórax).

NÚMERO DE OÓCITOS E FOLíCULOS

Assim, a estimulação controlada dos ovários tem como finalidade a obtenção de vários oócitos, com o que o sucesso do processo de fertilização in vitro é maior. Idealmente, dentro de cada folículo deveria existir um oócito. No entanto, podem se desenvolver folículos que não possuem oócitos, e, por meio do exame de ultrassonografia, NÃO É POSSÍVEL  saber se o folículo tem ou não oócito. Desta forma, o número de oócitos obtidos pode ser menor que o número de folículos presentes. 

O número de oócitos obtidos, bem como sua qualidade, serão conhecidos apenas após a retirada cirúrgica dos mesmos. Não existe, até o momento, forma precisa de se verificar previamente nem a quantidade e nem a qualidade dos oócitos. A mesma paciente, utilizando o mesmo remédio, na mesma dose, em dois ciclos mestruais diferentes, pode produzir resultados diferentes em número e qualidade dos oócitos.

CICLOS DE PACIENTES COM RESPOSTA MUITO PEQUENA OU  NULA

Existem circunstâncias em que a estimulação não produz o efeito desejado, seja pela ausência de desenvolvimento folicular, seja porque o andamento do ciclo permite prever uma chance reduzida de encontro de oócitos, mesmo havendo folículos. Nestes casos, o processo poderá ser interrompido. Pacientes que apresentem tendência a insuficiência ovariana (se tiverem valores de FSH sanguíneo mais altos ou idade acima de 35 anos) são as que mais freqüentemente tem o ciclo interrompido. Doenças que comprometem os ovários (especialmente a endometriose) também podem reduzir a resposta ovariana e resultar em suspensão do estímulo. Pacientes que possuem muitos folículos e, mesmo assim, apenas um cresce, também podem ter ciclo interrompido. Em todas essas situações, o médico assistente avaliará a possibilidade de realizar um novo ciclo.